Pensar que o Rock morreu onde não há lançamentos impactantes como Nevermind do Nirvana ou Led Zeppelin IV pode parecer certo. Um mundo de Junstins e Kates parece ser muito entediante para o cara que prefere um bom solo de guitarra, mas não é bem assim que devemos encarar essa realidade.

É certo que, o Rock não faz parte do mainstream já há algum tempo. No Brasil por exemplo, depois de Charlie Brown JR, não me lembro de muita coisa nova, chamando a atenção das pessoas. E ainda temos as recentes mortes trágicas de alguns dos grandes expoentes do Rock, Chris Cornell, e logo em seguida Chester Bennington, vozes de uma geração. Um pouco antes disso, Chuck Berry também nos deixou. Temos de encarar o fato de que o tempo passa, e um dia será noticiado que Ozzy Osbourne, David Gilmour, Eric Clapton, Paul Maccartney, Robert Plant e tantos outros não estarão mais entre nós.

Mesmo diante de todas essas adversidades, o Rock nunca morrerá! Ele sempre será parte de nossas vidas, se assim permitirmos. Mesmo que nada do gênero figure no Top 100 do Billboard ou nas rádios na volta do trabalho pra casa. Quando for uma surpresa ouvir na trilha sonora de filmes da Marvel e perceber que quase ninguém conhece, ou perceber aquele raro momento que alguém passa ouvindo no som do carro aquele hino clássico do Scorpions, e logo depois passar mais uns cinco ouvindo outros daqueles “artistas”, que mesmo se esforçando, você não consegue lembrar o nome de tão genéricos e parecidos que são. O rock não morrerá!!

Sempre haverá aquele garoto que se interessou pelo que o pai ouvia. Que por acaso, achou um vídeo interessante no Youtube, ou seguiu uma trilha sonora no Spotify. Sempre haverá aquele que não se interessa pelo que todos ouvem, e busca algo mais “autêntico”, algo que tenha mais a ver com sua identidade. Ou aquela pessoa que, após ouvir John Bonham, Flea ou Tom Morello, decidiram pelo menos tentar aprender a tocar algum instrumento. Sempre haverão aqueles garotos que se juntam pra fazer um cover de Red Hot Chili Peppers na garagem. E isso, sempre é gratificante!

O fato é que o Rock não está nas mãos de Slash nem na boca de Bruce Dickinson. Ele está e sempre estará em todos nós, e pra quem mais quiser que esteja interessado em conhecer essa maravilha. Não podemos ficar lamentando a “morte” do rock. Ora, ele não nasceu como um movimento de vanguarda, de quebra de paradigmas? Não seria lógico esperar que ele seja o paradigma em si.

E mesmo que o tempo nos tire os grandes homens e mulheres que conceberam grandes obras para o Rock n’ Rol, essas obras continuarão a existir. BB king se foi, mas ainda é possível ouvir seu blues, Dio se foi, mas ainda é possível ouvir sua voz! Além dos mais, temos ainda a chance de ver e ouvir os que ainda nos presenteiam até hoje com suas músicas. Raul não está mais entre nós, mas ainda temos o grande Gessinger! Layne Staley que descanse em paz, mas ainda temos Eddie Vedder. Claro que podemos aproveitar as coisas novas ou que insistem em manter-se ativos alimentando nosso gosto pelo Rock . Queens of the Stone Age, já são estebelecidos, Foo Fighters também. Há The Winery Dogs e na cena nacional, ultimamente tenho ouvido bastante Selvagens á Procura de Lei e Vivendo do Ócio.

Portanto, não deixe que o Rock morra, viva o Rock! E ele viverá com você!